News - Falta de profissionais de TI pode se tornar crítica em cinco anos, diz HP

Pesquisador da empresa diz que carência de pessoal especializado motivou, inclusive, iniciativa do governo do Rio Grande do Sul para aproximar empresas e universidades.

Por Taís Fuoco, do COMPUTERWORLD*
21 de maio de 2007 - 14h45

A carência de pessoal capacitado em tecnologia da informação não é privilégio do Brasil e pode gerar uma grave crise no setor em um período de cerca de cinco anos, caso a tendência atual - onde a demanda cresce mais rapidamente que a formação de profissionais - prevaleça.

A afirmação é de Greg Astfalk, cientista chefe da HP que participa do 4o. HP Brazil International Tech Symposium, em Porto Alegre (RS). Segundo ele, a demanda por profissionais cresce cerca de duas vezes mais que o Produto Interno Bruto (PIB) dos países, o que gera a carência.

No caso do gerenciamento dos servidores, acrescenta o cientista, "na medida em que esses ambientes ganham complexidade, cresce a demanda por profissionais habilitados a gerenciá-los", afirmou.

Darlei Abreu, vice-presidente de pesquisa e desenvolvimento da HP Brasil, também demonstrou preocupação com a falta de pessoal capacitado. Segundo ele, a HP Brasil tem hoje 800 profissionais dedicados à pesquisa e desenvolvimento, dos quais 400 no centro de desenvolvimento montado há 10 anos na PUC do Rio Grande do Sul.

"Mas esse número tem uma necessidade de expansão contínua, de cerca de 30% ao ano, e é verdade que está ficando complicado suprir as vagas", disse ele, no mesmo evento.

Segundo Abreu, há hoje um delay entre oportunidade de mercado e disponibilidade de recursos. "Temos de mexer na motivação do jovem para atender às demandas já existentes. Senão, como será daqui para a frente?", questionou.

Para tentar minimizar o descompasso, o secretário de Desenvolvimento e Assuntos Internacionais do Rio Grande do Sul, Nelson Proença, tomou a iniciativa de reunir, periodicamente, as companhias HP, Dell e SAP e representantes de 15 universidades do estado para que as empresas do setor possam relatar às universidades as necessidades que enfrentam em termos de recursos humanos.

"A idéia é que o estado atue como integrador desse encontre e que as universidades adaptem seus currículos às necessidades do mercado", afirmou Proença aos jornalistas.
* A jornalista viajou a Porto Alegre (RS) a convite da HP

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